Dri Torres consultoria canina

"O mundo precisa da diversidade de mentes"

Temple Grandin, autista e uma das maiores especialistas da atualidade em bem estar animal

Foto minha de costas, mostrando minha tatuagem em formato de coração, com as cores do arco-iris e o símbolo do infinito vazado em torno dele.
A neurodiversidade vive em mim. Literalmente. Essa tatuagem, com as cores do infinito "puxadas pela gravidade do meu coração", segundo Leon, me diz que minha neurodiversidade é feita de amor, intensidade e propósito.

Receber o diagnóstico de autismo aos 46 anos teve seus benefícios e malefícios.

Os benefícios? Durante a infância e adolescência, apesar de todos os rótulos que “conquistei” (chata, mimada, histérica, louca, fresca, CDF, distraída, pedante, metida, grossa… ad infinitum), ninguém duvidava das minhas competências.


“Adriana, quando quer algo, vai lá e faz. É incrível o quanto é dedicada!”


Por outro lado, foram muitos os malefícios. Além de simplesmente não conseguir sustentar relacionamentos em médio e longo prazo, meus “defeitos” eram vistos como escolhas minhas — e se eu não mudava, era porque “não queria”.


Descobrir o autismo na maturidade me mostrou que muitos dos meus comportamentos tão mal compreendidos eram, na verdade, o reflexo de um cérebro que funciona de forma diferente do padrão. E que, ao entrar em contato com um mundo cheio de barreiras — arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais —, eu acabava me forçando a ir muito além dos meus limites apenas para acessar direitos básicos.

Somando isso ao fato de ser mulher… bem, minha vida não foi fácil. Um dia, ainda vou escrever um livro sobre isso.

Meu cão Bilu era considerado um problema. Mas, para mim, ele era uma missão.

Eu tinha 28 anos, estava saindo de uma depressão, começando a faculdade e em um novo emprego. Morar sozinha nem passava pela minha cabeça. Mas quando minha mãe quis doar o Bilu por causa do comportamento dele, algo se acendeu em mim: meu hiperfoco entrou em ação.

Vendi meu carro, aluguei uma casinha perto da faculdade — tudo isso para protegê-lo. Na época, chamavam de teimosia. Hoje sei que era rigidez mental… mas também era afeto e coragem. Esse foi o ponto de virada. Foi por ele que mudei minha vida. Coisas de autista…

Por que estou contando tudo isso em um site sobre adestramento?

Porque eu não seria adestradora se não fosse o diagnóstico.

Porque meu hiperfoco me faz estudar por horas a fio e nunca me cansar.

Porque minha rigidez mental me faz trabalhar só com o que eu amo — e eu amo os animais, e tudo que diz respeito a eles!

Sou ativista pelos direitos das pessoas autistas, membro da ABRAÇA (Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas Autistas), e palestrante sobre autismo e neurodiversidade.

Como ativista ambiental, atuei no Movimento Nossa BH de 2009 a 2016, fui comentarista da Rádio CBN BH de 2013 a 2016 e também palestrei sobre sustentabilidade.

Hoje, unindo tudo isso — conhecimento sobre neurodiversidade e sustentabilidade —, me sinto cada vez mais impelida a apoiar pessoas e empresas que desejam entender como transformar a diversidade em ferramenta de prosperidade e inclusão.

Se você tem interesse em palestras sobre esses temas, entre em contato com a Diversifica, para quem presto consultoria, neste link:
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“Entender o autismo foi fácil. Difícil foi entender o que as outras pessoas achavam que era o autismo.”

(Frase minha no livro Camaleônicos, de Selma Sueli Silva

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